"Não significa nada", afirma secretário do Rio sobre 17 mortos sem ficha criminal
O secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, afirmou que o fato de 17 dos 115 suspeitos mortos na megaoperação nos Complexos do Alemão e da Penha não possuírem antecedentes criminais “não significa nada”. Segundo ele, todos reagiram à abordagem policial portando fuzis, granadas e explosivos, configurando tentativa de homicídio contra os agentes e participação em organização criminosa.
A megaoperação resultou na morte de 121 pessoas, incluindo quatro policiais. A perícia identificou 115 corpos de suspeitos, sendo que dois ainda não foram oficialmente reconhecidos. Curi destacou que mais de 95% dos mortos tinham vínculo comprovado com o Comando Vermelho, e 54% eram oriundos de outros estados, como Pará, Amazonas, Bahia e Goiás.
O secretário enfatizou que a operação teve como estratégia concentrar os confrontos em áreas de mata, preservando a segurança da população nas regiões habitadas. “Quem estava na mata, estava em confronto com a polícia”, afirmou, ressaltando a ação preventiva para reduzir riscos à comunidade.
Curi explicou ainda que os suspeitos sem histórico criminal seriam presos em flagrante caso não tivessem reagido, reforçando a narrativa de que todos os envolvidos eram considerados narcoterroristas. A investigação aponta que 12 dos mortos tinham publicações nas redes sociais que indicavam vínculos com o tráfico.
O secretário da Polícia Civil trabalha em conjunto com autoridades estaduais e federais, sob supervisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que acompanha a ADPF das Favelas. A ação tem como objetivo preservar a integridade da perícia e esclarecer o impacto da operação mais letal da história do Rio de Janeiro.
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