‘Chico Rato’, morto em operação no Rio, foi condenado por matar irmãos em Manaus
Manaus/AM - Douglas Conceição de Souza, conhecido como "Chico Rato", possuía um extenso histórico criminal, culminando em uma condenação por homicídio qualificado. Em 2018, ele foi preso sob a acusação da morte dos irmãos Isaías dos Santos Rabelo e Hilmes Souza Rabelo Filho, crime perpetrado em 4 de dezembro de 2017, em Manaus. No ano seguinte, 2019, a Justiça do Amazonas proferiu a sentença, condenando Douglas a 40 anos de reclusão pelo duplo homicídio.
Chico Rato é um dos traficantes amazonenses morto na megaoperação iniciada na segunda-feira (28), no Rio de Janeiro, que deixou cerca de 121 pessoas mortas. A ação foi considerada a mais letal da história.
O histórico de crimes de Douglas Conceição de Souza não se limitava ao homicídio que resultou na sua condenação mais longa. Com 32 anos à época, ele já cumpria pena em regime semiaberto pelo delito de porte ilegal de arma de fogo. Adicionalmente, "Chico Rato" era réu em outra ação movida pelo Ministério Público, onde era acusado de ter assassinado uma pessoa no bairro Tancredo Neves, ocorrido em 1º de agosto de 2017. Durante sua prisão, o então delegado Juan Valério, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o identificou como o chefe do tráfico de drogas na região do Tancredo Neves.
A atuação criminosa de Douglas Conceição de Souza também estava ligada a grupos de alta periculosidade no estado. A polícia indicou que ele mantinha proximidade com o narcotraficante João Branco, que era um dos líderes da extinta facção criminosa Família do Norte (FDN). Nos seus anos finais, o FDN estabeleceu conexões com a facção Comando Vermelho (CV), organização à qual "Chico Rato" se integrou.
O crime - De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 4 de dezembro de 2017, por volta das 15h50, Douglas chegou à Rua João Só, antiga Rua Fábio Lucena, Tancredo Neves, zona Leste de Manaus, em um veículo, acompanhado de pelo menos mais um atirador, e efetuou vários tiros contra as vítimas Isaías dos Santos Rabelo e Hilmes Souza Rabelo Filho, causando a mortes dos dois irmãos.
No mesmo tiroteio também foram alvejados Edson Santos Souza e Alan Moraes Bonfim, que foram socorridos e sobreviveram. Segundo a denúncia, os irmãos assassinados eram usuários de drogas e foram executados em razão de dívidas contraídas por Isaías com traficantes.
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