MP pede que bolsonarista que assassinou petista volte à prisão

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) solicitou, nesta segunda-feira, 17, que o ex-policial penal Jorge Guaranho retorne à prisão. Guaranho foi condenado a 20 anos de reclusão pelo assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu (PR), durante a festa de aniversário de Arruda. A sentença determina que a pena seja cumprida em regime fechado. O ex-policial foi condenado por homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum, devido ao risco de causar danos a um número indefinido de pessoas.
Após a condenação, Guaranho foi levado ao Complexo Médico Penal de Pinhais (CMP), na região metropolitana de Curitiba, onde permaneceu até sua saída na tarde do sábado, 15. O MP-PR recorreu à Justiça para que o ex-policial penal perca o direito à prisão domiciliar, mencionando o “alto grau de belicosidade” de Guaranho e a inadequação da prisão em casa, considerando a gravidade de seu comportamento violento.
O MP também fez referência a um relatório do Departamento Penitenciário (Depen), que informou que Guaranho estava recebendo acompanhamento médico enquanto esteve preso. Em resposta, a defesa de Guaranho, representada pelo escritório Samir Mattar Assad, emitiu uma nota de repúdio à postura do MP, acusando-o de adotar uma “racionalidade punitivista” e reafirmando que o ex-policial não possui condições físicas de ficar no CMP, onde não teve as cirurgias necessárias.
O assassinato de Marcelo Arruda ocorreu durante sua festa de 50 anos, em julho de 2022, em Foz do Iguaçu. Segundo as investigações, Jorge Guaranho invadiu o evento, e os dois envolvidos se desentenderam, culminando no assassinato de Arruda.
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