Ex-prefeito de Taboão da Serra comprou fuzil para falso atentado, diz delator

A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo investigam se o ex-prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio da Silva, comprou o fuzil usado no atentado forjado contra ele durante a campanha eleitoral de 2024. Segundo uma delação premiada, a arma teria custado R$ 85 mil e o ataque foi planejado para favorecer o político na disputa. Os investigadores ainda buscam provas que confirmem a acusação.
Além da compra do armamento, a delação revelou que os envolvidos no crime receberam R$ 500 mil. A Operação Fato Oculto, deflagrada na segunda-feira (17), cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão, resultando na apreensão de celulares, armas, computadores e R$ 320 mil em espécie na casa do ex-prefeito. A defesa de Aprígio nega envolvimento e afirma que ele foi vítima do atentado.
As investigações indicam que ex-secretários da administração municipal teriam contratado criminosos para simular o ataque. Entre os suspeitos, estão José Vanderlei Santos (Transportes), Ricardo Rezende Garcia (Obras) e Valdemar Aprígio, irmão do ex-prefeito, que foi preso por posse ilegal de arma. Um dos supostos atiradores está foragido, enquanto outro negou envolvimento por meio de seu advogado.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o plano original era atingir apenas o carro do ex-prefeito para criar um falso cenário de atentado, mas um erro na execução fez com que ele fosse baleado no ombro. O ataque foi realizado com um fuzil AK-47, arma de alto poder destrutivo, o que, segundo as autoridades, visava dar mais credibilidade à farsa.
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