O grupo do Facebook 'Mulheres Unidas Contra Bolsonaro' vem sendo alvo de constantes ataques de hackers desde que começou a virar notícia por ter mais de 2,5 milhões de membros.

Criado há menos de duas semanas, era fechado e para entrar, as participantes precisavam ser aceitas uma a uma. Ainda assim, invasores conseguiram se infiltrar e modificar tudo para parecer que se tratava de um grupo de apoio ao candidato à presidência pelo PSL. 

O perfil de nome Carlos Shinok fez alterações na noite do sábado (15) modificando o título para "Mulheres com Bolsonaro", além de colocar uma foto de apoio ao candidato. Homens que foram adicionados após a infiltração debocharam e xingavam as participantes.  As demais usuárias pediram que as internautas permanecessem no grupo apesar disso, para tentar reverter a situação.

Somente na manhã deste domingo (16), a empresa devolveu o controle do grupo às administradoras, que colocaram de volta o nome original. Mas por volta das 15h30 (horário de Brasília), os invasores pró-Bolsonaro fizeram novos ataques e conseguiram desativar o grupo.

Na madrugada do sábado, o Facebook tirou do ar a página por detectar a atividade suspeita e afirmou que trabalha para esclarecer o que aconteceu com o grupo. A empresa ainda não se manifestou sobre a queda que aconteceu por volta das 15h30.

MODERADORAS AMEAÇADAS

Segundo o jornal 'El país', uma administradora teve suas contas no Facebook e até no WhatsApp invadidas. De acordo com as organizadoras, os ataques já vinham desde as 14h da sexta-feira. Moderadoras e administradoras receberam através de mensagens no WhatsApp. Os invasores exigiram que o grupo fosse excluído até à meia-noite de sexta-feira, ameaçando divulgar seus dados pessoais como como CPF, RG, Título de eleitor, nome da mãe, entre outros dados pessoais e sensíveis.

Conforme o jornal O Dia, as administradoras tiveram suas linhas telefônicas interrompidas e suspeitam que estejam grampeadas.