Compartilhe este texto

A praga do Rio de Janeiro


Por Flávio Lauria

28/09/2024 7h58 — em
Espaço Crítico



Vou fazer uma reflexão sobre o Rio de Janeiro, que parece ter uma praga jogada pelos antigos desbravadores portugueses, em termos de ter gestores ladrões do erário, mas que serve para muitas capitais. Em quatro anos, todos os cinco governadores que foram eleitos no Rio e estão vivos, já foram presos - Moreira   Franco, Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão, Wilson Witzel, Rosinha Garotinho e Anthony Garotinho, sobre esses dois o Rio sofreu muito, Garotinho é um populista, um homem de visão limitada. Em 7 anos e 3 meses (contando com o   governo da Rosinha) construiu só 2 estações de metrô.. Nada fez na educação, nada fez na área da saúde, acha   que governar é dar "vale cesta básica”.  
 

Todos respondem em liberdade, exceto Cabral -- o   único que admite os crimes. E o Rio herdou um Cláudio Castro, já indiciado por vários crimes de improbidade. Eis que o povo carioca entre a escolher um   jogador de futebol senador, como Romário, que também não tinha capacidade de gestão nenhuma, mas talvez não fosse roubar, escolheu o novo, um juiz federal   que vinha com seu discurso contra a corrupção e baseado em sua vida que agora sabemos que também como juiz era ladrão. Há muito me dei conta de que a maioria dos candidatos a   cargos eletivos no Brasil não tem inteira consciência das dimensões do cargo que ocupam.

 

A criminalidade brasileira, acima de tudo aquela que se   arraigou nos guetos miseráveis de Rio e São Paulo, e agora em Manaus, só cederá mediante iniciativas conjuntas e intensivas que reduzam a miséria e o desemprego e   melhorem os padrões de educação do povo. É preciso gerar com urgência ocupação para as parcelas das novas gerações que perambulam entre o vazio e o   nada, sem saber o que fazer da vida. Tornar a atividade policial e prisional   mais eficiente é importante, mas não reduzirá de maneira permanente a violência que se alimenta da falta de perspectiva e de esperança. A raiz de onde emergiram vícios hodiernos como clientelismo, nepotismo, corrupção (que   parte da confusão entre público e privado), espírito orçamentívoro (que   considera o Tesouro da Nação butim a ser distribuído entre amigos e apaniguados).


A atualidade do diagnóstico feito sobre os nossos vícios sociais indica-nos que a estrutura patrimonial do Estado ainda está para ser superada. Falo do Rio mas em outras capitais, o chefe do Poder Executivo aproveitou a folga na compra de medicamentos para a pandemia sem licitação pelo estado de emergência, e surrupiou para não falar roubou, dinheiro que serviria para salvar muitas das vidas que se foram. Homicidas impulsivos que têm seus enótipos comportamentais estudados pela ciência forense.

Siga-nos no
Os artigos, fotos, vídeos, tabelas e outros materiais publicados nesta coluna não refletem necessariamente o pensamento do Portal do Holanda, sendo de total responsabilidade do(s) autor(es) as informações, juízos de valor e conceitos divulgados.

ASSUNTOS: Espaço Crítico