Trump ameaça taxar China em 155% e sinaliza retomada de negociações
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou as pressões comerciais sobre a China nesta segunda-feira (20), ameaçando impor uma tarifa de 155% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro, caso as duas nações não cheguem a um acordo comercial satisfatório.
Apesar da ameaça, o líder republicano sinalizou uma retomada nas negociações diretas. Trump declarou que aceitou um convite de Pequim e planeja viajar à China no início de 2026. Além disso, nos próximos dias, representantes de Washington e Pequim devem se encontrar na Coreia do Sul para uma nova rodada de negociações.
"Acho que vamos nos sair muito bem com a China. A China não quer conflito", afirmou Trump a jornalistas na Casa Branca, expressando otimismo. "Acredito que vamos fechar um acordo comercial muito forte. Ambos ficaremos satisfeitos."
O tom de negociação surge após um fim de semana movimentado no cenário comercial. Na última sexta-feira (17), Trump havia classificado a tarifa de 100% já imposta sobre produtos chineses como "não sustentável", mas alegou ter sido forçado a adotá-la devido à postura chinesa. O presidente americano busca um acordo que, segundo ele, não dê vantagens indevidas à China.
Em resposta à escalada tarifária, a China concordou no sábado (18) em realizar uma nova rodada de negociações comerciais "o mais rápido possível". O compromisso foi firmado em uma videoconferência entre o vice-premiê chinês, He Lifeng, e o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, que descreveram a conversa como "franca e construtiva".
Trump, que desde que retornou à Casa Branca em janeiro tem buscado renegociar acordos com diversos países — incluindo o Brasil, que iniciou conversas com os EUA na semana passada —, admitiu à Fox Business Network que o desfecho do conflito comercial com a China ainda é incerto, mas reafirmou a necessidade de um acordo justo entre as duas maiores economias globais.
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