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A importância da imprensa


Por Elizabeth Menezes

21/09/2023 11h02 — em
Ombudsman



No século XV, o alemão Johannes Gutenberg inventou a “máquina de imprensa”: tipos móveis ou caracteres, que eram os símbolos gráficos (letras, números, pontos) e ficavam expostos numa prancha. Tudo moldado em chumbo. E cada molde desses tipos móveis, carregado de tinta, podia imprimir “inúmeras cópias de um mesmo texto em questão de horas”, conforme se pode ler no Google. A invenção é considerada uma das maiores revoluções da modernidade. 

E “imprensa” é sinônimo para a função de informar à sociedade. Daí que, sem imprensa, não há democracia. A importância da imprensa pode ser demonstrada, por exemplo, no trabalho de seus profissionais, diante da fumaça, temporal e forte ventania que provocaram vários problemas em Manaus, nesta quarta-feira 20. Tudo registrado por reportagens, imagens e até gráficos, para melhor informar ao público.

Fumaça, provocada pelas queimadas, de acordo com as autoridades, atrasou chegada de aviões ao aeroporto Eduardo Gomes. A chuva, que teve início no final da manhã, também atrapalhou. Mas desde o início da manhã, imagens de prédios envoltos em fumaça já eram mostradas também nas redes sociais. Ventos fortes, no momento da chuva, afundaram embarcações e casas flutuantes. Um shopping center teve uma fachada de vidro destruída e frequentadores, naturalmente, ficaram assustados. 

No meio de tudo, ainda surgiram relatos de moradores sobre chuva de granizo (pedrinhas de gelo foram mostradas em mãos de quem viu e pegou). Mas a turma da imprensa ainda precisava acompanhar e divulgar uma operação da Polícia Federal, que prendeu contrabandistas de ouro comercializado de forma ilegal aqui no Amazonas e em Roraima. A PF também “visitou” um conhecido supermercado de Manaus. E a população precisava ser informada.

 A coluna faz esse resumo para, ratificando o título, lembrar a importância do trabalho da imprensa, na figura de jornalistas. Os acontecimentos de hoje estão registrados na História do Amazonas, graças ao trabalho de gente da imprensa. Não dá para comparar com a recente tragédia no Rio Grande do Sul, mas o que aconteceu não é rotineiro. E talvez seja um alerta da Mãe Natureza, diante de criminosas agressões dos humanos. No caso, humanos amazonenses. 

Ainda sobre a imprensa: da “máquina de Gutenberg” até aqui, a comunicação não se restringe ao papel impresso. Estão aí os diferentes formatos para apresentação de notícias e outros virão. Mas a função da imprensa, que é informar e ajudar na compreensão de fatos, digamos, mais complexos para uma parte da população, não mudará. Salvo se, no lugar da democracia, se instalar a tirania. 

Por outro lado, é preciso não esmorecer e muito menos esperar elogios.  jornalista ser chamado(a) de “abutre”, ou por outra “definição” com menor teor de eufemismo, faz parte.

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Elizabeth Menezes, jornalista formada pela Ufam (Universidade Federal do Amazonas), repórter em jornais de Manaus, a exemplo de A Notícia, A Crítica e Amazonas em Tempo. Também trabalhou na assessoria de Comunicação da Assembleia Legislativa.

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