Lewandowski defende unidade respeitando a pluralidade do Judiciário
Manter a unidade da magistratura, respeitando a pluralidade. Este será o norte da administração do ministro Ricardo Lewandowski, na presidência do STF e do Conselho Nacional de Justiça. O ministro fez o encerramento, neste sábado, do 101º Encontro do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil, em São Paulo. O evento foi realizado no Palácio da Justiça do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A sessão de encerramento começou às 09h30m. Antes de seguir para o Salão Nobre, os presidentes dos tribunais, entre eles o presidente do Colégio Permanente, Milton Nobre, e o presidente do TJSP, José Renato Nalini, conversaram com o ministro Lewandowski. Antes, o presidente do STF e sua mulher, Iara Lewandowski, conversaram com a presidente do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo.
Na abertura da sessão, o desembargador José Renato Nalini comparou o Judiciário a uma orquestra sinfônica, referindo-se ao concerto que os membros do judiciário assistiram na noite de sexta-feira, na Sala São Paulo.
No concerto de ontem, não foram apresentadas peças clássicas mas a música de compositor modernista, onde existem notas dissonantes e no final todas se encaminham para a harmonia. "O judiciário tem que ser assim. Saber conviver com notas dissonantes, mas sem desafinar jamais",disse o desembargador.
Nalini defende que, para a justiça caminhar em harmonia, é necessário que cada um de seu membro tenha “orgulho de participar dessa sinfonia”.
Ele lembrou que a Justiça estadual realiza um grande serviço à democracia, pois é responsável por 70% dos processos que tramitam na República.
Unidade com pluralidade
Lewandowski questionou como avançar em direção à unidade da magistratura e da cidadania, sem respeitar as diferenças, num País continental de 300 milhões de habitantes. Ele mesmo respondeu que isso só é possível respeitando as diversidades. "As vezes, nós não valorizamos que vivemos numa ilha de tranquilidade, apesar das diferenças étnicas, culturais, sociais, de renda, no PIB... Mas, a verdade é que a justiça é uma justiça que funciona, que enfrenta 100 milhões de processos".
O ministro disse que recentemente esteve com Dilma Rousseff, e fez ver à presidente que a magistratura trabalha em silêncio, mas presta um serviço público essencial. De acordo com ele, a presidente compreendeu perfeitamente e “até o final do ano teremos uma grata surpresa”.
"Nossas pretensões serão contempladas nesse orçamento, vamos esperar", acredita Lewandowski.
Ele também comparou a justiça à uma orquestra. E reforçou o pensamento de manter a unidade respeitando o pluralismo. “Pode haver notas dissonantes mas, se no final conseguirmos manter o diálogo haveremos de manter a harmonia”, reforçou. "Foi isso que nós começamos agora. Dando novo rumo ao Poder Judiciário. Se as decisões vindas de cima para baixo. Não digo que era assim no passado, mas será assim a partir de agora" explicou.
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