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Estudos investigam misteriosa civilização que ocupou a Arábia Saudita

Por Portal Do Holanda

09/06/2021 10h39 — em
Curiosidades


Foto: Divulgação

O deserto rochoso de Al Ula, na Arábia Saudita, é uma região conhecida por atrair ufólogos e admiradores de corpos celestes, mas agora torna-se agora alvo dos arqueólogos dedicados a conhecer uma civilização misteriosa que viveu ali.

De acordo com os estudos, essa cultura há muito perdida, identificada como a civilização nabateia, habitou o norte da Península Arábica e o sul do Levante entre o século 4 a.C. até 106 d.C.

Os nabateus, que comandavam seu império na cidade de Petra, na Jordânia, fizeram de Hegra, hoje conhecida como Mada'in Saleh, em Al Ula, sua segunda capital. Eles tinham status de civilização independente, mas foram conquistados pelo imperador romano Trajano.

Detinham uma sofisticada tradição arquitetônica, influenciada pelos mesopotâmicos e gregos , esculpindo fachadas de templos e túmulos em falésias rochosas. Deixaram sofisticados monumentos em pedra em muitos locais inexplorados até aqui.

As principais descobertas vieram após o trabalho de uma grande equipe internacional de mais de 60 especialistas, que pesquisaram a área de 3,3 mil km², habitada pelos nabateus por 200 anos, a partir de 100 a.C. na Arábia Saudita.

 

INÉDITO

Pela primeira vez, uma área tão grande de território cientificamente desconhecido é investigada e os resultados podem colocar a Arábia Saudita no mapa da história antiga.

Escavações são realizadas em Mada'in Saleh e outros locais reconhecidos como nabateus por arqueólogos sauditas, como o conhecido Abdulrahman Alsuhaibani, professor da Universidade King Saud.

Agora, a Comissão Real de Al Ula está envolvida em descobrir como essas sociedades primitivas evoluíram.

Com o uso do serviço Google Earth e o olho treinado de especialistas, é possível distinguir características naturais e artificiais.

Aeronaves leves equipadas com câmeras especializadas que oferecem imagens mais detalhadas do território permitirão identificar características arqueológicas até então desconhecidas.

Os especialistas afirmam concentrar esforços nas escavações, porque uma pesquisa sistemática nesta escala requer tempo e recursos disponíveis apenas agora.

Para eles, os resultados colocarão a Arábia Saudita em evidência quando se tratar da história antiga, era na qual apenas Egito antigo e a Mesopotâmia são mais conhecidos.

Estudos anteriores feitos pela França revelaram uma rede de comércio de incenso que percorria o lado oeste da península, passando por Al Ula e os pesquisadores queriam saber mais sobre esse movimento.

O uso de métodos diferenciados de fotografia, como a ortofotografia,  produzirá uma representação fotográfica de uma superfície terrestre, no qual todos os elementos apresentam a mesma escala, livre de erros e deformações.

Além disso, há o uso de um software especializado de alta resolução da paisagem, que permitiu encontrar locais e estruturas funerárias da Idade do Bronze.

Os membros da equipe especializada irão a campo no final da pesquisa, que já tem, inclusive, registros de espécies de mamíferos não documentadas em Al Ula, bem como os tipos de habitat e vegetação disponíveis em eras pré-históricas nesta região.


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