O ex-presidente Jair Bolsonaro e a maioria dos réus acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado não participam presencialmente do julgamento que começou nesta terça-feira (2) no Supremo Tribunal Federal (STF). Os réus decidiram acompanhar tudo de casa ou por meio de seus advogados.

Apenas o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira decidiu ir pessoalmente ao STF. Os demais alegaram motivos de segurança, saúde ou seguiram orientação jurídica para não aparecer.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde agosto de 2024, com tornozeleira eletrônica e restrições de contato com outros investigados. Por isso, ele não foi ao plenário. A defesa alegou que não havia necessidade de presença física, já que o julgamento é transmitido ao vivo pela TV Justiça.

O julgamento acontece sob forte esquema de segurança em Brasília. A Praça dos Três Poderes foi bloqueada, há drones monitorando todo o perímetro e cães farejadores reforçam os procedimentos. O STF julga se Bolsonaro e aliados tentaram derrubar o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse de Lula.

Se condenado por todos os crimes, Bolsonaro pode pegar até 43 anos de prisão. Mas, como o processo ainda permite recursos, ele não será preso imediatamente. O julgamento deve seguir até 12 de setembro.