Brasileira é deportada ao voltar de férias com a família para Portugal
Uma brasileira que vivia legalmente em Portugal há mais de dois anos foi deportada ao tentar reentrar no país após férias no Brasil com o marido e os dois filhos pequenos. O caso ocorreu no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e gerou comoção pela forma como foi conduzido pelas autoridades portuguesas.
A mulher, cujo nome não foi divulgado, residia em Cascais com o marido, Hugo Silvestre, e os filhos de 8 e 6 anos. Hugo possui autorização de residência pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e já havia solicitado o reagrupamento familiar, processo que permitiria à esposa e aos filhos viverem legalmente no país. No entanto, o pedido estava em tramitação e enfrentava atrasos por parte da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).
Ao desembarcar em Lisboa no dia 19 de agosto, a brasileira foi detida pela Polícia de Segurança Pública (PSP), sob alegação de não possuir autorização válida para residir em Portugal. Mesmo com uma liminar judicial que reconhecia o direito à regularização, ela foi mantida em uma sala de detenção por mais de 30 horas e deportada no dia seguinte, sem passaporte e sem seus pertences pessoais, em um voo para o Recife2.
O marido relatou que os filhos não param de perguntar pela mãe e que a família está emocionalmente abalada. “Temos uma vida estruturada aqui. Meus filhos estudam, eu trabalho, pagamos impostos. Não estamos aqui clandestinamente”, afirmou Hugo.
Advogadas da família denunciam que a deportação foi arbitrária e ignorou decisões judiciais. A família segue lutando na Justiça para reverter a deportação e garantir o retorno da mãe a Portugal.
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