Caso Gritzbach: Justiça condena 11 policiais por ligação com delator do PCC
A Justiça Militar de São Paulo proferiu, nesta terça-feira (16), a primeira sentença relacionada ao caso que expôs o envolvimento de agentes públicos com o crime organizado, condenando 11 dos 15 policiais militares acusados de prestar serviços de segurança particular para Antonio Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), executado em novembro do ano passado no Aeroporto de Guarulhos.
Os PMs foram considerados culpados por integrar uma organização criminosa e por falsidade ideológica, crimes militares diretamente ligados à escolta ilegal do empresário. Este veredito reforça a gravidade da conduta, proibida pelo Regulamento Disciplinar da Polícia Militar, que veda o "bico" como segurança privada sob pena de exclusão da corporação.
As penas aplicadas aos 11 policiais condenados variam de 3 a 8 anos de reclusão. Como resultado da sentença, os réus que estavam cumprindo prisão preventiva deverão progredir para o regime semiaberto. Quatro dos policiais que eram réus no processo foram absolvidos. O caso, que ganhou grande repercussão, levantou sérias preocupações sobre a infiltração do crime organizado nas forças de segurança, abrangendo tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil paulistas, e foi publicamente criticado pelo então secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, à época das revelações.
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