O número confirmados de vítimas de intoxicação por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol subiu para 11 nesta quinta-feira (2), segundo o segundo o Ministério da Saúde, e o Brasil tem 59 notificações de casos suspeitos.

Até o momento, o Brasil registrou uma morte em São Paulo, e está investigando outros sete óbitos suspeitos, sendo três em São Paulo, dois em São Bernardo do Campo (SP) e duas mortes suspeitas em Pernambuco, nos municípios de Lajeto e João Alfredo.  Em Brasília (DF), o rapper Hungria foi internado no hospital DFStar, com suspeita de intoxicação por metanol.  

Distribuição dos casos suspeitos (aguardando confirmação laboratorial):

- 53 em São Paulo;

- 5 em Pernambuco;

- 1 no Distrito Federal.

Para monitorar a situação, o Ministério da Saúde instalou em Brasília uma sala de situação com participação da Anvisa, ministérios, conselhos e secretarias estaduais e municipais de saúde. De acordo com o governo federal, até o momento 4 casos foram descartados. Todos os estados estão orientados a comunicar imediatamente às autoridades nacionais qualquer caso suspeito.  

Tratamento

O governo federal criou um estoque emergencial de etanol farmacêutico em hospitais universitários e comprou 4.300 ampolas para distribuição a estados que não tenham o produto. A Anvisa também identificou 604 farmácias aptas a produzi-lo, com unidades de referência em capitais.

O etanol é usado como antídoto contra o metanol, impedindo sua conversão em ácido fórmico, que pode causar cegueira, falência de órgãos e morte. O ministro Alexandre Padilha informou ainda que o governo busca importar o fomepizol, outro medicamento eficaz, mas que não está disponível no Brasil.