Manaus/AM - Thiago Lima dos Santos, conhecido como “TH da Zona Leste”, era um dos principais chefes do Comando Vermelho (CV) no Amazonas e foi executado em uma emboscada em julho deste ano, em Manaus. O criminoso, de 33 anos, foi atingido por 38 tiros, segundo laudo da perícia da Polícia Civil. O caso voltou à tona após sua namorada, Evelyn Lorrany Nogueira de Lima, a “Porcelana”, lamentar nas redes sociais a morte do amigo do casal, o traficante Francisco Myller Moreira da Cunha, o “Gringo”, durante uma megaoperação policial no Rio de Janeiro.

De acordo com investigações da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), TH atuava como conselheiro da facção e exercia forte influência sobre o tráfico de drogas nas zonas Leste e Norte de Manaus. O criminoso era apontado como responsável por comandar pontos de venda de entorpecentes, ordenar execuções e recrutar novos integrantes para o grupo. Ele tinha várias passagens pela polícia por homicídio, tráfico, roubo, porte de arma e associação criminosa.

Em 2022, TH e Porcelana foram presos em Boa Vista (RR) com 1,7 kg de cocaína, 32 g de maconha, armas e munições. Dois anos depois, ele passou a ser investigado por ajudar a companheira a financiar a fuga de quatro detentos do maior presídio de Roraima, que contaram com apoio logístico e abrigo em áreas de mata. O plano, segundo a polícia, era levá-los ao Amazonas, mas todos acabaram recapturados.

A execução de TH aconteceu na noite de 24 de julho de 2025, no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus. O traficante e outro homem, não identificado, foram surpreendidos por atiradores no estacionamento de um flutuante às margens do Rio Negro. TH morreu no local, e o acompanhante foi levado ferido a uma unidade de saúde. No carro da vítima, os peritos encontraram uma arma carregada, o que indica que o criminoso foi encurralado antes de conseguir reagir.

Operação no Rio de Janeiro

Após a morte de TH, Evelyn Lorrany Nogueira de Lima, voltou a aparecer. A jovem, de 23 anos, usou as redes sociais para lamentar a morte de Francisco Myller Moreira da Cunha, o "Gringo", outro chefe do Comando Vermelho no Amazonas, morto durante uma operação no Rio de Janeiro, na última quarta-feira (28). Condenada por tráfico de drogas e posse ilegal de arma, Porcelana é apontada como uma das articuladoras do grupo e teria ajudado a financiar a fuga de quatro detentos de um presídio em Roraima. Atualmente em regime semiaberto, ela estaria no Rio durante a ação que resultou na morte de Gringo e de outros líderes da facção. 

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