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Cidade de São Paulo não vai ampliar faixa etária para vacina da dengue

Por Folha de São Paulo

17/02/2025 15h45 — em
Variedades



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Sem doses com prazo de validade próximo do vencimento, a cidade de São Paulo não vai ampliar a faixa etária do público-alvo apto a receber a vacina contra a dengue, oferecida a crianças e adolescentes com idade de 10 a 14 anos.

Na última sexta (14), o Ministério da Saúde autorizou todos os estados e o Distrito Federal a ampliarem a vacinação. Doses que estiverem a dois meses do fim do prazo de validade poderão ser aplicadas em pessoas de 6 a 16 anos ou remanejadas para cidades que ainda não fazem a vacinação.

Já as doses que estiverem a um mês do vencimento poderão ser aplicadas em pessoas que tenham entre 4 anos e 59 anos, 11 meses e 29 dias.

De acordo com Luiz Carlos Zamarco, secretário municipal da Saúde de São Paulo, as doses da vacina contra a dengue na cidade começarão a vencer em novembro.

"Na cidade de São Paulo nós estamos vacinando. Recebemos 600 mil doses e já aplicamos 400 mil no público indicado, que é de 10 a 14 anos. Não temos vacina nenhuma para vencer nesse intervalo", disse Zamarco nesta segunda (17), durante a inauguração do novo pronto-socorro do Hospital São Paulo.

Os municípios paulistas que aderirem à estratégia deverão comunicar a vigilância epidemiológica do estado.

Também presente no evento, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, garantiu que haverá vacina suficiente para a segunda dose nas cidades que decidirem ampliar a faixa etária do público-alvo.

"O Ministério da Saúde adquiriu todo o estoque da Qdenga, 9,5 milhões de doses. É tudo o que o laboratório [Takeda] fornece. Isso inclui a previsão de primeira e segunda doses. Nós também fizemos um planejamento para garantir que mais municípios tenham acesso à vacina e um olhar especial para os municípios em situação de emergência, como infelizmente é o caso de São Paulo", afirmou Nísia.

A ministra também lembrou da importância de combater o mosquito Aedes aegypti.

"Todos nós temos que nos mobilizar, porque 75% dos focos do mosquito estão nas nossas casas e no entorno", disse. "O Ministério da Saúde tem disponibilizado larvicidas, tem utilizado novas tecnologias em uma escala mais ampla, o que é muito importante. E nós estamos, a pedido do município de São José do Rio Preto, apoiando a rede de atenção", acrescentou.

Ainda segundo a ministra, o fato de o imunizante estar próximo ao vencimento não interfere na sua eficácia.

"A eficácia da vacina se dá com as duas doses. Esse é o dado científico que nós temos. A vacina, estando na validade, é eficaz sempre. Uma vez aprovada pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e dentro do prazo de validade, não existe vacina melhor ou pior", disse.

PRONTO-SOCORRO DO HOSPITAL SÃO PAULO É REABERTO APÓS REFORMA

O Hospital São Paulo inaugurou seu novo pronto-socorro na manhã desta segunda, após mais de dois anos de atraso. O local foi reformado e equipado para atender pacientes com quadros graves e de altíssima complexidade encaminhados pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e pelo Corpo de Bombeiros e transferidos de outros hospitais pelas regulações municipal e estadual.

Localizado na Vila Clementino, na zona sul, o hospital é ligado à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). No âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde), é gerenciado pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina). A reforma começou em maio de 2022 e deveria ter sido concluída no mesmo ano.

Antes da reforma, a unidade recebia de 400 a 800 pacientes diariamente e tinha 20 leitos. Com 50 novos leitos de emergência para demandas pediátricas e de adultos, a reforma amplia a capacidade de atendimento em até 250%, diz a administração.

Foram investidos cerca de R$ 23 milhões por meio do governo e da Prefeitura de São Paulo. O Ministério da Saúde vai alocar R$ 24 milhões para o custeio das ações do hospital. De acordo com a ministra, o equipamento estará na linha de frente do mutirão nacional de cirurgias previsto para começar em março.

Com cerca de 200 profissionais de saúde por turno, o PS prestará atendimentos de cardiologia, neurologia (acidente vascular cerebral), neurocirurgia, ortopedia, ginecologia e obstetrícia (gestação de alto risco), oftalmologia, otorrinolaringologia, urgências pediátricas, clínicas e cirúrgicas, entre outras.

A unidade também será um espaço dedicado ao ensino e pesquisa dos alunos e residentes dos 112 programas de residência médica e multiprofissional.


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