Relíquia cristã, autenticidade do Santo Sudário ainda é misteriosa
Uma das maiores relíquias da Igreja Católica, o Santo Sudário continua levantando discussões sobre sua autenticidade, mas que por outro lado, desperta curiosidades infinitas.
Constituída de uma peça de linho que teria envolvido o corpo de Jesus após a crucifixão, o sudário, de forma milagrosa, teria recebido a impressão do corpo daquele que é considerado o Filho de Deus pelos cristãos.
O pano de linho é atração religiosa para turistas, que não deixam de visitar a igreja onde está exposto desde 1946 e é preservado na Catedral de San Giovanni Battista, em Turim, na Itália.
O Santo Sudário é adorado pelos cristãos porque veem no tecido o mistério da impressão de um corpo semelhante ao de Cristo preservado durante séculos.
De vez em quando surge um estudioso contestando a autenticidade do tecido sem, no entanto, conseguir explicar as características que tornaram o pano a relíquia dos cristãos.
De acordo com a história, o Sudário foi descoberto em 1353 por Sir Geoffrey de Charny, na França, mas acabou chegando a Turim em 1578, quando a cidade se tornou a capital do Ducado de Savoia.
O termo ‘sudário’ deriva do grego e significa em ‘tecido amplo’, lençol. Usado geralmente como um rito funerário do Oriente Médio, estes tecidos podem ser muito valiosos, feitos com linho ou tecido indiano.
O Sudário já foi salvo de um incêndio e já viajou com os duques de Savoia para fugir das guerras, passando pela primeira vez de Turim, depois Vercelli, Nice, para voltar novamente a Chambéry.
No ano de 1578, o Sudário foi transferido para a capital do Piemonte e ainda está aqui. Em 1694, o tecido foi colocado na capela dentro da Catedral de Turim.
Dessa data em diante, só foi levado duas vezes, uma para Gênova, durante o cerco de Turim, em 1706, e outra para a Abadia de Montevergine, na Campânia, durante a Segunda Guerra Mundial. Desde 1946 que o pano de linho que conta a Paixão de Cristo é preservada na Catedral de San Giovanni Battista, em Turim.
Apresentado aos visitantes como uma folha de linho de cor amarela ocre, retangular, tecida à mão com um padrão de espinha de peixe, o Santo Sudário apresenta os danos devidos aos incêndios sofridos e remendados às queimaduras.
Hoje, é mantido em uma posição horizontal e estendido em uma caixa estanque, isolado do ar e na presença de um gás inerte. O Sudário, no entanto, só é ‘movido’ durante festejos públicos, quando autorizado pelo Papa.
Para ser visto, deve-se esperar na capela o momento da exposição que dura vários dias, mas não acontece de forma seguida e permanente.
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