O relator do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Marcelo Freitas (União-MG), votou nesta quarta-feira (8) pelo arquivamento do processo de cassação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusado de quebra de decoro. O pedido havia sido apresentado pelo PT, que argumenta que o parlamentar, atualmente morando nos Estados Unidos, tem feito ataques a instituições brasileiras e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A análise do parecer foi adiada após um pedido de vista coletivo e deve ser retomada na próxima reunião do colegiado. Por não apresentar defesa nem nomear advogado, Eduardo Bolsonaro foi representado por um defensor público da União, que alegou falhas formais na representação — argumento acatado pelo relator. O presidente do Conselho, Fabio Schiochet (União-SC), também rejeitou um pedido de suspeição contra Freitas feito pelo PT.

Na representação, o partido acusa o deputado de lançar ataques contra o STF e seus ministros, além de tentar pressionar autoridades norte-americanas a impor sanções a membros do Judiciário e da Polícia Federal, configurando ameaça à ordem constitucional e à soberania nacional. Eduardo Bolsonaro ainda responde a outras três representações no Conselho de Ética.

Freitas é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, participou de suas campanhas e já chamou Eduardo de “amigo” em vídeo de 2019, no qual declarou apoio ao governo Bolsonaro