Moraes nega pedido de Braga Netto para manter sigilo em interrogatório
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta segunda-feira (9) o pedido da defesa do general Walter Braga Netto para que seu interrogatório no caso da tentativa de golpe não fosse transmitido. O general, que foi vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, está preso preventivamente no Rio de Janeiro e será ouvido por videoconferência.
Os advogados alegaram que a transmissão poderia prejudicar a imagem de Braga Netto. Moraes, no entanto, afirmou que a defesa não apresentou provas de prejuízo concreto. O ministro ainda deixou aberta a possibilidade de rever a decisão caso surjam novos elementos que justifiquem o sigilo.
Além de Braga Netto, outros sete investigados apontados como parte do "núcleo crucial" do suposto plano golpista serão ouvidos pelo STF nesta semana. A série de depoimentos começou nesta segunda com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no caso. O ex-presidente também está na lista de interrogados.
Os réus respondem por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e dano ao patrimônio público. Todos têm direito de permanecer em silêncio para não se autoincriminarem.
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