O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que o ex-jogador do Botafogo, Luan Plácido Moreira da Costa, 21 anos, apresentava sinais de alteração física e mental no momento do exame, realizado cerca de cinco horas após atropelar quatro pessoas na manhã desta sexta-feira (8) no Rio de Janeiro. Uma das vítimas, Ariane Carvalho, 41 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde de ontem.

De acordo com o documento, Luan afirmou não se lembrar do ocorrido e disse fazer uso de medicamentos controlados. Ele negou ter consumido drogas ou bebida alcoólica, mas se recusou a fornecer material para exame de urina. A perícia registrou que o jogador “está sob a influência de álcool ou substância tóxica ou entorpecentes de efeitos análogos”, mas destacou que não foi possível identificar a substância devido à ausência de material biológico para análise laboratorial.

O laudo descreve que o atleta apresentava “atitude agitada, agressivo, discurso confuso, desorientado no tempo e no espaço, equilíbrio e coordenação motora perturbados”. Após o exame, ele teria ofendido com palavrões a perita responsável.

Luan permaneceu no local após o acidente e chamou o socorro, mas acabou preso em flagrante ao tentar tomar o fuzil de um policial militar e danificado a viatura. Na delegacia, ainda deu uma cabeçada em outro agente.

Ele foi autuado por lesão corporal, desacato, dano ao patrimônio público, e homicídio culposo.