Família é hospitalizada após consumir ‘falsa couve’ em MG; mulher morreu
Uma família foi hospitalizada após consumir uma planta tóxica, conhecida como “falsa couve”, durante um almoço em Patrocínio, no Alto Paranaíba, em Minas Gerais. Uma das vítimas, Claviana Nunes da Silva, 37, morreu na segunda-feira (13) após dias internada em estado grave.
A intoxicação atingiu outros membros da família que participaram da refeição. Dois homens continuam hospitalizados. Um deles, de 60 anos, inspira cuidados extremos e está em coma induzido, dependente de ventilação mecânica e sem previsão de suspensão da sedação. O outro homem, de 64 anos, apresentou melhora e foi extubado no sábado (11), com quadro estável. Um quarto membro da família, de 67 anos, chegou a ser internado, mas teve alta um dia após o ocorrido.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, a tragédia foi causada pela ingestão da espécie Nicotiana glauca, conhecida popularmente como fumo bravo e considerada altamente tóxica. A planta foi colhida no terreno da chácara para onde a família havia se mudado recentemente e servida refogada, confundida com couve. Cerca de 40 minutos após a refeição, as vítimas começaram a sentir mal-estar, sendo o desconforto respiratório o sintoma predominante. A Secretaria informou que não há antídoto específico para a toxina, e o tratamento é apenas de suporte clínico.
A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias do incidente, confirmando a hipótese preliminar de envenenamento acidental. Equipes do Corpo de Bombeiros, Samu e Polícia Militar foram acionadas para o socorro e encontraram as vítimas em estado grave, algumas com parada cardiorrespiratória revertida ainda no local. O boletim de ocorrência da PM aponta que a planta estava próxima à cozinha, e a semelhança visual com a couve é a provável causa da confusão fatal. Claviana Nunes da Silva deixa dois filhos pequenos, de 1 e 5 anos.
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