Donos de casa de show são assassinados dentro do quarto. Câmeras registraram entrada de assassinos
A Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) afirmou na manhã desta terça-feira (22) que o crime do casal Márcio José da Silva, 38 anos, e Fernanda de Assis, 25 anos, donos do bar Aos Democratas, aconteceu por causa de dívidas. As imagens oficiais da câmera instalada em frente a residência da família foram divulgadas e a polícia espera receber informações sobre a dupla e os veículos que aparecem no vídeo. O delegado Wagner Holtz, que comanda as investigações, disse ainda que esse valor devido, de uma das partes, pode ser ilícito. “Márcio e Fernanda já tinham passagens pela polícia e, por isso, investigamos se essa dívida era oriunda de ilícitos”.
O crime aconteceu na manhã do dia 7 de março na Rua Engenheiro Farid Suruggi, bairro Tarumã, em Curitiba. Nas imagens é possível ver o momento exato em que dois homens vestem balaclava (gorro que o rosto todo fica coberto) e sacam armas antes de invadir a residência. O casal foi morto dentro do quarto, ambos com disparos de arma de fogo. Os filhos, um adolescente de 17 anos e uma criança de 8, presenciaram o crime e correram para pedir ajuda a vizinhos. O casal teria adquirido a casa noturna Aos Democratas há cerca de oito meses e preparava a reinauguração do local.
Para o delegado, as investigações seguem com depoimentos e diligências. “Já temos uma linha de investigação bem forte e indícios bem veementes para esclarecer o crime. Infelizmente, as câmeras internas da casa estavam desligadas, periciamos, mas elas não estavam funcionando. Com isso, conseguimos apenas as da lateral da casa, mas isso já auxiliou. Ainda estamos colhendo depoimentos, fazendo diligências para conseguir pegar esses autores”, descreveu Holtz.
Autores
Dois veículos são vistos nas imagens. O delegado acredita que há um mandante para o crime e mais pessoas participaram da ação. “Estamos investigando todos, tem mandante, tem alguém dentro do veículo, que deu fuga aos dois, e ainda tem aquele outro que passa minutos antes. Temos a certeza de que há um grupo envolvido. Os rostos estavam tapados, mas conseguimos fazer reconhecimento pela complexão física”, finaliza o delegado.

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