Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Michel Temer e Lula, vai deixar o presídio da Bahia  para cumprir prisão domiciliar. A decisão foi tomada na noite dessa terça-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.

O magistrado aceitou o pedido da defesa baseado no princípio dos riscos que Geddel corre por conta da pandemia do novo coronavírus. Segundo Toffoli, os advogados comprovaram por meio de documentos que Lima pertence ao grupo de risco, tanto pela idade como por comorbidades.

A defesa chegou a anunciar no dia 9 de julho, que o cliente havia sido contaminado pelo vírus, mas um um laudo emitido pela Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) da Bahia, contestou a informação e mostrou resultado negativo.

Mas, o ministro entendeu que independentemente de ele estar ou não com coronavírus, Geddel tem um quadro de saúde arriscado por outras doenças que podem levá-lo a morte dentro da prisão em caso de contaminação e o presídio não teria suporte suficiente para socorrê-lo.

Para quem não lembra, os ex-ministro foi preso em 5 de setembro 2017, após uma operação da PF descobrir que ele mantinha um bunker com aproximadamente R$ 51 milhões. O dinheiro estava dividido em nove malas e era fruto de corrupção. Ele foi condenado a 14 anos e 10 meses de prisão por lavagem de dinheiro e organização criminosa.