Preso por arrastar mulher diz que não a conhecia e afirma que pretendia atropelar homem
Acusado de ter atropelado Tainara Souza Santos, que teve as pernas amputadas e está internada em estado gravíssimo e entubada, Douglas Alves da Silva, de 26 anos, negou qualquer envolvimento com a vítima. Tainara foi arrastada por aproximadamente 1 km, após o acidente que, segundo a Polícia Civil e testemunhas, ocorreu na manhã de sábado (29), logo após ela deixar um bar na Zona Norte da cidade.
No momento de sua captura, Douglas Alves demonstrou resistência, chegando a tentar desarmar um policial, sendo baleado na ação. Já sob custódia, a caminho da delegacia, o suspeito apresentou uma versão controversa dos fatos. Ele alegou que seu alvo não era Tainara, mas sim um homem que a acompanhava e que, supostamente, o teria ameaçado de morte após um desentendimento. "Não conheço ela, meu rei. Tudo mentira na internet... Eu voltei e fui para atropelar ele. Não vi ela, não conhecia ela não", afirmou o agressor.
Entretanto, as declarações de Douglas contradizem os relatos de amigos e familiares de Tainara. Segundo essas fontes, o agressor e a vítima mantiveram um relacionamento amoroso breve e não contínuo. Testemunhas ouvidas pela polícia reforçam a tese de que o crime foi precedido por uma discussão intensa. Relatos indicam que Douglas, após a altercação, teria avançado intencionalmente com o veículo contra Tainara, que tinha passado a madrugada em um estabelecimento local com uma amiga. A amiga, que se afastou brevemente, só tomou conhecimento da tragédia minutos depois.
A Polícia Civil segue investigando o caso para esclarecer as reais motivações e circunstâncias do crime que chocou a capital paulista, confrontando a versão do suspeito com os indícios de um relacionamento anterior e as provas coletadas no local. Enquanto Douglas Alves da Silva permanece detido enfrentando as acusações, a jovem Tainara Souza Santos luta pela vida na UTI.
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