Inep nega vazamento de questões do Enem: 'memorização no pré-teste'
A anulação de três questões do Enem 2025 foi preventiva e não houve vazamento, afirmou nesta terça-feira (2) o presidente do Inep, Manuel Palacios, durante audiência na Comissão de Educação da Câmara. Segundo ele, “não houve vazamento; o que houve foi uma tentativa de reprodução de itens memorizados a partir da participação no pré-teste. Ninguém viu a prova antes de ela ser aplicada, além dos que elaboraram as provas.”
Palacios explicou que o pré-teste é uma etapa sigilosa de aplicação experimental de novas questões, usada para avaliar dificuldade antes de integrar o Banco Nacional de Itens (BNI). Essa aplicação envolve estudantes que estão concluindo ou que concluíram recentemente o ensino médio. O Inep identificou que participantes desse pré-teste memorizaram itens e divulgaram versões dessas questões na internet, e, por isso, as três questões oficiais com semelhanças foram anuladas.
Ele destacou que o pré-teste é indispensável para o modelo do Enem e que segue os mesmos protocolos de segurança da prova oficial. A anulação, segundo afirmou, não compromete a precisão do exame. O Enem 2025 utilizou itens provenientes de dez pré-testes diferentes aplicados ao longo dos últimos anos.
Palacios afirmou ainda que a anulação ocorreu antes mesmo do fim das apurações internas: “A anulação foi uma ação preventiva para proteger o Enem, em uma situação em que a nossa investigação ainda não tinha iniciado.” Atendendo a uma solicitação do MEC, a Polícia Federal deflagrou a Operação Profeta para investigar a possível divulgação antecipada de questões semelhantes às da prova antes do segundo dia de aplicação.
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