O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pela quarta vez um pedido de soltura feito pela defesa do general Walter Braga Netto, réu na ação penal que apura tentativa de golpe de Estado. A decisão foi assinada nesta quarta-feira (6) e reafirma a necessidade da prisão preventiva do militar.

Segundo Moraes, a liberdade de Braga Netto representaria risco às investigações em andamento. O ministro argumenta que a prisão se mantém como medida essencial “para assegurar a aplicação da lei penal e resguardar a ordem pública”.

O general foi preso preventivamente em dezembro do ano passado, no mesmo inquérito que investiga uma articulação golpista envolvendo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A denúncia do Ministério Público Federal aponta Braga Netto como um dos principais nomes do núcleo político do suposto plano golpista.

Na avaliação do STF, há “fortes indícios da gravidade concreta dos delitos imputados”, o que justifica a manutenção da prisão. A defesa do general, por outro lado, afirma que ele não representa ameaça ao andamento do processo e promete recorrer novamente da decisão.

Braga Netto foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022 e ocupou os cargos de ministro da Defesa e da Casa Civil durante o governo anterior. Ele nega qualquer envolvimento em atos antidemocráticos.