Ministério da Saúde e Anvisa acionam órgãos internacionais por antídoto para metanol
O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciaram ações para a compra emergencial de antídotos destinados a casos de intoxicação por metanol, substância presente em bebidas alcoólicas adulteradas. Até o momento, o Brasil registrou 59 notificações, sendo 53 em São Paulo, cinco em Pernambuco e uma no Distrito Federal, com 11 casos confirmados, incluindo uma morte.
Entre os antídotos, estão o etanol farmacêutico, que será estocado nos hospitais universitários federais com a compra de 4,3 mil ampolas, e o fomepizol, considerado o principal tratamento, mas sem registro no país. Para viabilizar a importação do fomepizol, a Anvisa vai publicar edital de chamamento internacional e já consultou autoridades reguladoras em diversos países, como EUA, União Europeia, Japão, China e Austrália.
O governo brasileiro também solicitou à Organização Pan-Americana de Saúde a doação imediata de 100 tratamentos de fomepizol e manifestou interesse em adquirir mil unidades para manter em estoque. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, orientou a população a evitar consumir bebidas destiladas de procedência duvidosa e reforçou que o uso de etanol farmacêutico deve ocorrer apenas sob supervisão médica.
Os casos recentes incluem a internação do rapper Hungria, que está em estado grave no Hospital DF Star, em Brasília, após consumir bebidas suspeitas. Autoridades de São Paulo interditaram nove estabelecimentos, entre bares, adegas e distribuidoras, enquanto a Polícia Federal iniciou exames avançados de rastreamento da origem do metanol em bebidas suspeitas, utilizando técnicas de DNA químico e epidemiologia forense.
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