Após acusação de censura à imprensa, Motta manda apurar agressões na Câmara
VOCÊ SABIA: É a primeira vez que, em pleno regime democrático, que a imprensa foi EXPULSA do plenário da Câmara de Deputados e impedidos de realizar a missão pública de informar.
— Cássio Oliveira (@cassioolivveira) December 9, 2025
Além da CENSURA e de serem expulsos, os jornalistas foram AGREDIDOS pela Polícia Legislativa do… pic.twitter.com/VtA1BbDNDc
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a ocupação da cadeira da Presidência pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) desrespeitou o Legislativo e informou ter determinado a apuração de possíveis excessos cometidos contra jornalistas durante a remoção do parlamentar. Braga permaneceu por cerca de duas horas no posto em protesto contra sua própria cassação, prevista para ser votada nesta quarta-feira (10).
A Polícia Legislativa retirou o deputado à força, o que resultou em empurrões e quedas de profissionais de imprensa, que já haviam sido expulsos do plenário. O sinal da TV Câmara também foi cortado durante a operação. Em entrevista após o tumulto, Braga criticou a ação policial, disse ter sido alvo de tentativa de “silenciamento” e comparou sua remoção ao tratamento dado a parlamentares que, segundo ele, ocuparam a Mesa Diretora por 48 horas no passado.
Motta reagiu nas redes sociais, afirmando que Braga reincidiu em atitudes que paralisam os trabalhos da Casa e adotam lógica extremista. O presidente da Câmara também reforçou que determinará investigação sobre a conduta dos policiais e o cerceamento da imprensa.
Mais cedo, Motta anunciou que os processos de cassação de Glauber Braga, Carla Zambelli, Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro serão votados nas próximas semanas. Ele afirmou que, no caso de Eduardo, as faltas acumuladas já configuram motivo suficiente para perda do mandato.
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