Eduardo Bolsonaro tem nome barrado como líder da minoria e pode perder mandato
A Câmara dos Deputados rejeitou a indicação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para o cargo de líder da minoria. A decisão foi tomada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), nesta terça-feira (23), e pode abrir caminho para a cassação do mandato do parlamentar.
Eduardo está nos Estados Unidos desde fevereiro e faltou a 23 das 37 sessões deliberativas realizadas até agora. Pela regra da Câmara, deputados que faltam a mais de um terço das sessões sem justificativa podem ter o mandato cassado.
A indicação feita pelo PL buscava proteger Eduardo das punições, já que líderes partidários têm isenção automática das faltas. No entanto, Hugo Motta considerou que o cargo exige presença física e atuação direta no Parlamento — o que não se aplica ao caso.
A Secretaria-Geral da Mesa reforçou que não houve nenhuma autorização oficial para a ausência prolongada do deputado.
Além das faltas, Eduardo Bolsonaro é alvo de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República. Ele e o influenciador Paulo Figueiredo são acusados de tentar pressionar autoridades brasileiras por meio de articulações com o governo dos Estados Unidos, em benefício do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com a rejeição da indicação, Eduardo segue acumulando faltas e pode enfrentar um processo de cassação nos próximos meses.
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