Defesa diz que PF criou narrativa para incriminar general Augusto Heleno
Durante sustentação oral no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (3), o advogado Matheus Milanez, que representa o general Augusto Heleno, afirmou que a Polícia Federal teria selecionado provas “a dedo” para incriminar o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no processo sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Segundo o defensor, mensagens e documentos apresentados pelo Ministério Público não comprovam participação de Heleno na suposta trama. Milanez citou como exemplo uma mensagem do general Mario Fernandes pedindo que Heleno gravasse um vídeo em apoio a manifestantes em frente a quartéis, mas ressaltou que o material nunca foi produzido ou divulgado.
Heleno é réu junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados próximos, acusados por crimes como golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada. O julgamento deve seguir ao longo da semana, com as defesas dos demais investigados se manifestando antes dos votos dos ministros.
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