Anvisa libera fabricação de etanol injetável para combater intoxicação por metanol
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma resolução que libera a produção emergencial de um lote de etanol injetável. Este medicamento é crucial, pois atua como antídoto no tratamento de pacientes vítimas de intoxicação por metanol. A agilidade da medida se deu após a solicitação feita pela empresa na quinta-feira (9), e a produção imediata será realizada pelo laboratório Cristália, com a totalidade do lote doada ao Ministério da Saúde.
Para viabilizar esta produção, a Anvisa já havia aprovado, também na sexta-feira (3), a Resolução 994/2025. Esta norma estabelece procedimentos temporários e emergenciais específicos para a fabricação do álcool etílico injetável. Os requisitos para as fabricantes são claros: a empresa deve estar localizada no Brasil e cumprir integralmente as normas sanitárias vigentes. O objetivo é assegurar que o medicamento atenda a critérios técnicos de qualidade essenciais para uso humano.
Como parte dessas medidas de emergência, os medicamentos produzidos sob esta resolução terão um prazo de validade de até 120 dias, garantindo que o suprimento emergencial esteja disponível com a máxima segurança e eficácia. O reforço na produção do etanol injetável é uma das principais estratégias adotadas pela Anvisa para enfrentar e mitigar os casos de intoxicação por metanol que têm afetado o país, demonstrando uma resposta coordenada e eficiente das autoridades sanitárias.
Fomepizol - Na quinta-feira (9), o Brasil recebeu a primeira remessa do antídoto fomepizol, usado no tratamento de intoxicações por metanol. O lote, com 2,5 mil unidades, foi recebido pelo Ministério da Saúde no Aeroporto de Guarulhos (SP) para distribuição no país.
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