Acusado de matar a mulher há 15 anos, empresário Sergio Nahas é julgado em SP
SÃO PAULO - Começa nesta quarta-feira o júri do empresário Sergio Nahas, acusado de matar a mulher, Fernanda Orfali, em setembro de 2002, seis meses depois do casamento. Fernanda foi morta com um tiro no peito, aos 28 anos, no apartamento onde morava com o marido, na região central de São Paulo. A arma do crime, sem registro, pertencia a Nahas, mas ele alega que a mulher tinha depressão e cometeu suicídio.
Segundo a investigação, Fernanda teria descoberto que o marido era usuário de cocaína e a traía com travestis. Na época, o empresário contou que ouviu um disparo vindo do closet e que, ao chegar ao local, encontrou a mulher agonizando. Nahas sempre respondeu ao processo em liberdade ao longo dos últimos 15 anos, obtendo recursos que o mantiveram longe da prisão.
Dez testemunhas devem ser ouvidas em três dias de júri, mas o julgamento no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, pode ser adiado mais uma vez, já que defesa do acusado de homicídio doloso (com intenção de matar) pediu à Justiça autorização para incluir no processo um parecer técnico particular.
O promotor Fernando Bolque e o advogado Ricardo Takamune, que defende os interesses da família de Fernanda, alegam que não tiveram acesso ao documento. A questão deverá ser resolvida pouco antes do início do júri.
O crime vai preescrever em 2023 e, se condenado, Nahas poderá cumprir pena de 12 a 30 anos de prisão em regime fechado.
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