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Filho de ministro do TCU é alvo da 45ª fase da Lava-Jato

Por Portal Do Holanda

23/08/2017 6h35 — em
Brasil


Foto: Reprodução

SÃO PAULO - A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira a segunda fase da Operação Abate, que levou à prisão o ex-deputado federal Cândido Vaccarezza (PTdoB), ex-líder dos governos Lula e Dilma. Vaccarezza foi liberado ontem da prisão temporária de cinco dias. Nesta manhã estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador (BA), Brasília e Cotia, na Grande São Paulo. O advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, é um dos alvos de busca e apreensão desta 45ª fase da Lava-Jato. Ele também foi intimado a depor na PF.

Segundo as investigações foram identificados novos interlocutores que ajudaram a beneficiar a empresa americana Sargeant Marine, fornecedora de asfalto para a Petrobras. Eles seriam dois advogados que teriam ajudado o esquema e teriam recebido comissões em contas na Suíça. Também teria sido detectada a participação de um ex-deputado federal e uma assistente dele no esquema, que desviou recursos da estatal.

O advogado Tiago Cedraz foi citado pela primeira vez na Lava-Jato pelo empresário Ricardo Pessoa, da ex-presidente da UTC Engenharia. Ele afirmou em depoimento à Lava-Jato que obtia informações privilegiadas no TCU sobre seus contratos com a Petrobras, sendo o advogado seu intermediário.

O empresário entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) tabela com anotações de pagamentos de R$ 2,2 milhões ao filho do então presidente da Corte, Tiago Cedraz. Parte dos valores teria sido paga em espécie. No fim do ano passado, a Polícia Federal pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Aroldo Cedraz, por suspeita de corrupção e tráfico de influência.

A PF descobriu vários telefonemas do escritório de Tiago Cedraz para o gabinete de outro ministro do TCU, Raimundo Carreiro, mas o ministro argumentou isso não significava que as ligações eram dirigidas a ele ou que praticou alguma irregularidade.

OPERAÇÃO ABATE

A Operação Abate foi deflagrada pela PF na última sexta-feira, na 44ª fase da Lava-Jato, e mirou o favorecimento de empresas estrangeiras em negociações com a Petrobras. Foram presos o ex-parlamentar Cândido Vaccarezza e o o ex-gerente da Petrobras Marcio Aché.

As investigações apontam que Vaccarezza teria recebido US$ 478 mil entre 2010 e 2012 para intermediar contratos sem licitação entre a Sargeant Marine e a Petrobras.

Foram encontrados R$ 122 mil em espécie durante a apreensão realizada no apartamento de Vaccarezza, na zona leste de São Paulo, na própria sexta. Detido na ocasião, após pedido de prisão temporária, ele foi liberado ontem pelo juiz Sergio Moro.


 


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ASSUNTOS: Lava Jato, ministro TCU, Operação Abate, Brasil

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