Julgamento no STF: advogado reafirma que Bolsonaro não cometeu violência
Na retomada do julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (9), o advogado Paulo Cunha Bueno voltou a afirmar que o ex-presidente não praticou atos de violência e que não participou de qualquer tentativa de golpe de Estado. A declaração foi feita na chegada ao prédio anexo do STF, onde a Primeira Turma analisa a denúncia contra Bolsonaro e outros sete réus ligados ao chamado “núcleo crucial” da suposta trama golpista.
Segundo o advogado, Bolsonaro está sendo julgado sem provas concretas que o vinculem diretamente aos planos investigados pela Polícia Federal. “Se o julgamento for técnico, ele será absolvido. Não há uma única evidência que o relacione aos atos violentos ou à organização criminosa descrita na denúncia”, afirmou.
A defesa também voltou a questionar a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, apontando contradições e mudanças de versão que, segundo os advogados, comprometem a credibilidade do depoimento. “Nem o delator afirma que Bolsonaro participou da Operação Punhal Verde Amarelo, da Luneta ou dos atos do dia 8 de janeiro”, disse Cunha Bueno.
Bolsonaro não compareceu à sessão, alegando orientação médica por conta de seu estado de saúde. Ele permanece em prisão domiciliar desde fevereiro, por decisão do ministro Alexandre de Moraes.
O julgamento deve se estender até sexta-feira (12). A condenação exige ao menos três votos entre os cinco ministros da Primeira Turma. Em caso de placar dividido, a defesa poderá recorrer com embargos infringentes, o que levaria o caso ao plenário do STF.
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