Homem relata como sobreviveu após levar tiro na cabeça
Como é a sensação de receber um tiro na cabeça e sobreviver? O relato de Isaac Simoni, um brasiliense que mora em João Pessoa, na Paraíba, é de causar espanto e admiração.
Após receber, em outubro de 2017 um tiro na cabeça, cuja bala continua alojada no crânio dele até hoje, Simoni afirma que, por sete meses usou um colar cervical, pois teve vértebra fraturada no pescoço, e mesmo depois de mais de ano de fisioterapia, sente essa parte do corpo às vezes doer como se fosse uma enxaqueca fortíssima.
“Eu não consigo nem existir e me dopo pra dormir, mas tô vivo”, contou ele em uma rede social na Internet.
Simoni foi atingido por um tiro quando estava almoçando em um restaurante, em João Pessoa. Sentiu o estalo do tiro, e em seguida, um clarão. “Tudo ficou branco e eu só escutava um zumbido, agudo, e bem alto. Parecia que eu caia pra trás em câmera lenta, enquanto tentava entender o que tinha acontecido”, contou Simoni.
CERTEZA DA MORTE
Segundo ele, teve certeza de que ia morrer ou que já tinha morrido, pois não sentiu dor no primeiro momento. Quando abriu os olhos, viu os clientes do restaurante correndo e o ladrão também.
Ficou sem se mexer até a chegada da ambulância que o levou ao hospital, mas sentia o sangue grosso e quente escorrendo pelo olho, nariz e garganta, como se tivesse uma mangueira aberta dentro da cabeça.
Logo depois começou a sentir dor, não onde o tiro acertou, mas os ossos, da posição que estava no chão. Sentia que o rosto todo queimado de pólvora, principalmente no buraco da bala.
“Era uma dor de osso quebrado, a sensação era a de que a minha cabeça tinha virado do avesso. Ver todo aquele sangue e sentir essa dor começou a me levar pra um desespero”, relatou.
Após uns 20 minutos, a ambulância chegou e Simoni foi levado ao hospital distante uns 10 quilômetros do restaurante.
Os exames revelaram que bala se alojou na cervical 1, fraturou a primeira vértebra da cervical, logo na base do crânio, mas por milagre não afetou a medula e não causou lesão neurológica.
Simoni recebeu um tamponamento no nariz, foi costurado e entubado. Nos momentos de desespero dele, chegou a ser amarrado na maca com lençóis e panos nos braços e nas pernas.
Mas 21 dias depois, sem a ponta do nariz e alguns movimentos do pescoço, recebeu alta e pode contar até hoje como é sobreviver a um tiro na cabeça e ainda guardar a bala no local.
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