Zambelli tenta usar sanção dos EUA a Moraes para evitar extradição da Itália
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) articula, por meio de sua defesa, uma estratégia para evitar a extradição do território italiano. Condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli tenta usar a Lei Magnitsky, dos Estados Unidos, como argumento para se manter na Itália e não cumprir pena no Brasil. A informação foi confirmada pela coluna da jornalista Malu Gaspar, no O Globo.
A defesa da parlamentar deve alegar à Justiça italiana que a condenação no Brasil foi feita por um magistrado supostamente enquadrado nessa lei, que prevê sanções a autoridades acusadas de violar direitos humanos. O argumento seria o de que há perseguição política por parte do ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo julgamento no STF.
O plano ganhou força após o presidente dos EUA, Donald Trump, sancionar Moraes por meio da legislação, em retaliação à condução do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O movimento teve apoio do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente.
Internamente, o PL avalia que Zambelli não tem mais saída. O processo de cassação deve ser concluído até setembro, e o partido já considera o caso encerrado. Além disso, o ministro Gilmar Mendes determinou que a AGU inclua no pedido de extradição um episódio em que Zambelli perseguiu um homem armado na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
Veja também
ASSUNTOS: Brasil