Saiba por que o azeite está caro e não deve diminuir nos próximos 2 anos
Com preços exorbitantes, o azeite começa a ser considerado artigo de luxo nos supermercados e em alguns dos estabelecimentos passou a ser 'trancado' com embalagens com lacres antifurtos. Essa instabilidade deve continuar e não acontece somente no Brasil. Na Espanha, os mercados também vêm lacrando as garrafas de azeite.
Entenda o motivo do azeite estar caro no Brasil e mundo afora:
1. Dependência de Importações: O Brasil produz apenas 0,6% do azeite que consome, tornando-se dependente das importações e vulnerável a flutuações do mercado internacional.
2. Seca na Espanha: A Espanha, maior produtora mundial de azeite, enfrenta sua terceira estiagem consecutiva, reduzindo a oferta significativamente e elevando os preços globalmente. Sem água, não tem azeitona. Os campos das oliveiras estão recebendo apenas um quarto da quantidade normal com a seca e a situação é tão complicada que especialistas apontam que o futuro das plantações de oliveiras como um todo está em risco, devido às mudanças climáticas.
3. Inflação Específica e Geral: Enquanto a inflação geral no Brasil foi de 3,93% nos últimos 12 meses, o azeite teve um aumento de 49,42%, refletindo problemas específicos do setor.
4. Baixos Estoques Globais: Especialistas indicam que os estoques de azeite estão baixos, o que deve manter os preços altos pelos próximos dois anos.
5. Cultura de Importação: O Brasil tem uma tradição de importar azeite europeu. Embora a produção nacional esteja aumentando, ainda é insuficiente para atender à demanda.
- Falsificação e Qualidade: O aumento dos preços levou ao surgimento de azeites falsificados, o que destaca a importância de comprar azeites de qualidade comprovada, como o extra virgem.
Esses fatores explicam o aumento do preço do azeite no Brasil e a previsão de que essa situação persista no mundo.
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