A Polícia Federal deve abrir um inquérito para investigar um ataque hacker que atingiu sistemas de instituições financeiras no país. De acordo com o Banco Central, a invasão ocorreu por meio da C&M Software, empresa que presta serviços tecnológicos e conecta instituições financeiras ao próprio BC. A suspeita é de que os criminosos tenham conseguido acesso indevido a contas de reserva de pelo menos seis instituições.

O Banco Central informou que determinou o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas operadas pela C&M como forma de conter os danos. A empresa afirmou ser vítima direta do crime, com uso indevido de credenciais de clientes para tentativa de acesso fraudulento aos seus sistemas. A empresa destacou que todos os seus sistemas críticos seguem funcionando normalmente e que medidas de segurança foram adotadas.

Segundo a BMP, que também atua no setor financeiro, o ataque envolveu apenas recursos das contas de reserva no Banco Central e não atingiu diretamente contas ou saldos de clientes finais. A empresa também garantiu ter colaterais suficientes para cobrir os valores impactados, sem prejuízo às suas operações.

A C&M e demais empresas afetadas afirmam colaborar com as autoridades nas investigações, que envolvem o Banco Central e a Polícia Civil de São Paulo. A prioridade agora é identificar os responsáveis pelo ataque e evitar novos incidentes do tipo.

Por orientação jurídica, a C&M informou que não comentará detalhes do caso enquanto as apurações estiverem em andamento. O Banco Central segue acompanhando o caso e reforçando protocolos de segurança no sistema financeiro.