Em áudio, integrantes do PCC confirmam ter matado mulher por recusar beijo de traficante
Em áudio, integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) confirmam a morte da cuidadora de idosos Karin Bezerra, 26, que foi sequestrada após recusar o beijo do traficante, identificado como "Xenon", em um bar no Itaim Paulista, na zona Leste de São Paulo.
No áudio, o suspeito comenta sobre ter descoberto a localização de Karin, que se refugiou em outra região após denunciar o sequestro à polícia. Ele também fala sobre os homens que foram presos no dia em que a mulher foi resgatada do cativeiro.
"O que que acontece? A menina lá, certo mano? Que tava nas mãos dos 'parceiros' que foi em cana. Tá lá no Taboão da Serra. O moleque procurou a 'disciplina' lá. Ela tá falando que tá com medo de ir pra 'quebrada'. Os 'irmão' do catorze já pulou lá pra montar um tabuleiro pra ver se traz ela pra região, entendeu? Deixar as cinzas pros parceiros", disse o suspeito no áudio.
No trecho, o suspeito fala que a pessoa que estava ajudando Karin a se refugiar, procurou integrantes do PCC para apontar o local onde ela estava. Em seguida, ele fala sobre levá-la ao "tribunal do crime" para ser morta e em seguida cita sobre "deixar as cinzas", o que mostra a ideia de carbonizar o corpo da vítima.
Em outro trecho, ele fala sobre o assédio do traficante contra a vítima no dia em que ela foi sequestrada por ele. O suspeito também detalha que a mulher falou para os criminosos de Taboão a mesma versão que deu à polícia.
"Pros irmão do quadro lá do Taboão. Ela tá mandando as mesmas ideia que ela mandou pra polícia lá, entendeu? Que o 'Xenon' lá, já falou o vulgo do irmão, o 'Xenon', quis ficar com ela e ela não quis. Os irmão foi, pegou e levou ela pro 'tabuleiro'. Aí, ela falou que conhecia o moleque de vida lá. Se pá, até o moleque de vida pulou na linha dela lá. Aí o parceiro já montou o tabuleiro pra ver se traz ela pra mão. Entendeu, quadrilha? Deixar as cinzas pros parceiros aí", afirmou.
O corpo da mulher ainda não foi encontrado e três suspeitos do assassinato, sendo um identificado como Brendon Soares, 27, foi preso pela polícia. Ele confessou envolvimento no crime. "A facção que se diz contra crimes sexuais obriga mulheres a relacionarem com seus integrantes", disse o delegado Pedro Ivo Corrêa dos Santos, da 5ª Delegacia de Investigações sobre Furtos e Roubos a Bancos do Deic.
Leia também:
Cuidadora de idosos é morta pelo PCC após recusar beijo de traficante
ASSUNTOS: Brasil