O primeiro passo para o processo de contestação das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil, foi dado nesta segunda-feira (4). com a aprovação dada pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) para que o Brasil acione a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a tarifa de 50% imposta a produtos brasileiros.

A decisão ainda aguarda a autorização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que definirá a data e a forma de ingresso da consulta. Em reunião com empresários do setor, o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin afirmou que a medida busca defender os interesses do país diante do impacto das novas taxações.

As sobretaxas devem atingir cerca de 35% das exportações brasileiras para os EUA, afetando setores como carne, café, frutas e móveis. Produtos como suco de laranja e minérios ficaram de fora da lista. Alckmin afirmou que o governo está negociando para reduzir a alíquota ou retirar alguns setores da taxação, ouvindo empresários e discutindo alternativas para evitar prejuízos.

Alckmin afirmou que o plano de contingência para apoiar as empresas será concluído nos próximos dias e que o governo pretende liberar linhas de crédito emergenciais. Além disso, o programa Acredita Exportação, já em vigor, prevê o retorno de 3% do valor exportado para pequenas empresas, com possibilidade de ampliação para outros segmentos afetados pelas tarifas.