Bruno Frederico, de 38 anos, descobriu a traição da namorada, de 21 anos, e resolveu vingar-se. Depois de agredir a jovem com dois tapas, tomou o celular e ameaçou que iria divulgar os vídeos de sexo que os dois haviam filmado.

Alguns dias depois fez o que tinha prometido. Agora, foi condenado pelo Tribunal de Setúbal a três anos e nove meses de prisão. É a primeira vez que, em Portugal, um caso de divulgação de vídeos pornográficos caseiros sem consentimento é punido desta forma.

Além da prisão, o condenado terá que pagar 75 mil euros de indenização à vítima. O caso aconteceu em 2014 e foi divulgado por um jornal português. Bruno Frederico compartilhou os vídeos de sexo com a, agora, ex-namorada em mais de 20 sites de pornografia e ainda humilhou a jovem, criando um perfil falso no Facebook, onde se fazia passar pela ex-namorada e marcava encontros sexuais com vários homens.

Também partilhou os vídeos pornográficos caseiros na página de Facebook da empresa onde a vítima trabalhava. Foi condenado pelos crimes de devassa da vida privada, falsidade informática e, para cúmulo jurídico, por ofensas à integridade física e posse de arma proibida.

O advogado de Bruno Frederico diz que vai recorrer da sentença por entender que não foi provado que foi o arguido a divulgar os vídeos de sexo.