A apatia de Artur Virgílio
O ex-senador Artur Neto anda introspectivo. Sóbrio demais, calmo demais. O mundo cai em cima dele, tramam as mais sórdidas armações, e quando se espera que Artur reaja, ele é polido, educado, conciliador. O Artur candidato a prefeito de Manaus não é o Artur que o eleitorado aprendeu a admirar, triturando adversários ou parando, como fez tantas vezes, quando os interesses da Zona Franca de Manaus estavam ameaçados, o Congresso Nacional.
Enquanto adversários se autoflagelam para culpar Artur por suas feridas, ele pede paz, ética, justiça, como se esses valores tivessem repercussão junto a um eleitorado envenenado pelos seus algozes.
Artur lembra um pouco o Ronaldo do mundial da França. Apático, distante... A torcida é para que não se abata, nem deixe o campo antes de enfrentar o adversário, que precisa ser vencido.

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