Ex-funcionários de uma rede de depilação de São José do Rio Preto (SP), a Laser Fast, cobram o pagamento de salários e acertos trabalhistas após serem demitidos sem receber os valores devidos. Em resposta, a empresa alegou dificuldades financeiras e pediu, por mensagem, que os trabalhadores evitassem acionar a imprensa e “colocassem a empresa em oração”. 

Segundo o Ministério Público e o Procon, a empresa acumula mais de 30 reclamações em 2025, apenas em Rio Preto. Segundo o G1, os clientes alegam que pagaram por pacotes de depilação que não foram prestados, enquanto ex-funcionários relatam demissões sem acerto e bloqueios após cobranças por mensagens. Uma das mensagens encaminhadas pela empresa aos trabalhadores dizia: “Coloque a empresa em oração”.

Letícia Beatriz, de 24 anos, contou que recebeu apenas três parcelas de R$ 250 do valor que teria a receber. Já Fabiana Costa, demitida após cinco anos de trabalho, afirma ter mais de R$ 25 mil a receber e diz que foi bloqueada pela empresa. Em resposta, a direção da rede alegou que os ex-funcionários estariam “denegrindo a imagem da marca”. 

A Justiça do Distrito Federal determinou o bloqueio de R$ 28,2 milhões da rede e suspendeu suas atividades no Brasil e no exterior. A decisão também exige a interrupção das vendas, remoção de perfis nas redes sociais e congelamento do site oficial.