BYD é autuada por manter chineses em condições de escravidão na Bahia
A montadora chinesa BYD foi autuada por trazer 471 trabalhadores chineses ao Brasil e, desse total, manter 163 pessoas em condições análogas à de escravidão, para atuar nas obras de construção de sua unidade industrial na Bahia.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Fiscalização do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRTE/BA), foram realizadas inspeções entre dezembro de 2024 e maio de 2025, em Camaçari, na obra e nos alojamentos de trabalhadores migrantes envolvidos na construção de uma unidade industrial.
Embora a BYD tenha apresentado contratos de prestação de serviços com outras empresas, os auditores-fiscais constataram que, na prática, os trabalhadores estavam subordinados diretamente à montadora.
Os auditores-fiscais também identificaram indícios de fraude às autoridades migratórias brasileiras, promovida pela própria montadora, com o objetivo de viabilizar a entrada dos trabalhadores estrangeiros no país sem o devido registro e em desacordo com a legislação vigente.
Segundo a equipe de fiscalização, ficou constatado três elementos principais: trabalho forçado, condições degradantes e jornada exaustiva.
De acordo com o MTE, a BYD poderá apresentar defesa administrativa aos autos de infração lavrados. Caso todos sejam julgados procedentes, multas serão aplicadas.
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