Bolsonaro associa licença de Eduardo a combate ao 'nazifascismo' no Brasil
Jair Bolsonaro (PL) reagiu ao anúncio do filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de que pedirá licença da Câmara dos Deputados para morar nos Estados Unidos. Em um pronunciamento nesta terça-feira (18), Bolsonaro classificou a decisão como um "dia marcante" e associou a saída do filho a uma luta contra o que chamou de "nazifascismo" no Brasil.
"Hoje está sendo um dia marcante para mim: o afastamento de um filho. Mas um filho que se afasta mais do que por um momento de patriotismo, se afasta para combater algo parecido com o nazifascismo, que cada vez mais avança no nosso país. A liberdade não tem preço", disse o ex-presidente.
Eduardo Bolsonaro usou as redes sociais para comunicar que pretende se afastar temporariamente do mandato parlamentar. Segundo ele, a decisão foi motivada por uma suposta perseguição política e pelo receio de ser alvo de ações do Supremo Tribunal Federal (STF). Jair Bolsonaro, por sua vez, reforçou o discurso do filho e afirmou que a liberdade está em risco no país.
Durante seu pronunciamento, o ex-presidente destacou que a decisão de Eduardo representa mais do que uma mudança de residência. "O Brasil enfrenta um momento delicado, onde a perseguição política se intensifica", declarou Bolsonaro, sem citar nomes específicos.
A saída de Eduardo também repercutiu entre aliados da família Bolsonaro. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o afastamento do irmão deve durar até quatro meses, mas não soube especificar se o período será prorrogado. Nos bastidores, parlamentares do PL avaliam que a decisão de Eduardo pode ter impactos políticos para o grupo bolsonarista no Congresso.
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