Seis são condenados por morte de jovem decapitado no lugar no irmão em Manaus
Manaus/AM - Francimar Silva da Silva, Kelvisson Souza de Oliveira, Keven Gomes de Oliveira, Alex da Silva Regis, Abel Lopes Farias e Jucimara Oliveira do Carmo foram condenados pela morte de Sândalo Rebouças Marinho, que foi torturado e decapitado no dia 31 de julho de 2022, em um bote ancorado no rio, próximo do bairro Colônia Antônio Aleixo, zona Leste de Manaus.
De acordo com o TJAM, o julgamento foi realizado pela 3.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, nos dias 10 e 11 de julho, no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis. No mesmo julgamento os réus Franciney Lemos Ferreira e Franklin Araujo Barreto foram absolvidos.
Francimar Silva da Silva, Alex da Silva Regis, Kelvisson Souza de Oliveira e Jucimara Oliveira do Carmo foram condenados a 33 anos de prisão cada um. Keven Gomes de Oliveira e Abel Lopes Farias foram condenados a 31 anos de prisão cada um, todos em regime fechado.
Kelvisson Souza De Oliveira, Keven Gomes De Oliveira, Alex Da Silva Regis, Abel Lopes Farias, Franklin Araujo Barreto e Franciney Lemos Ferreira, que estão custodiados no sistema prisional da capital foram apresentados para participar do julgamento. Francimar Silva da Silva e Jucimara Oliveira do Carmo não compareceram ao julgamento e são considerados foragidos.
O crime - Segundo a denúncia do Ministério Público, em 31 de julho 2022 em um bote no rio, nas redondezas do bairro Colônia Antônio Aleixo, Sândalo Rebouças Marinho foi brutalmente assassinado e decapitado, após ser submetido a uma longa sessão de tortura. Os fatos teriam se iniciado quando alguns dos acusados abordaram Sândalo e vasculharam o aparelho celular dele e de sua namorada menor de idade, buscando supostas ligações dele e de um irmão com uma facção rival à dos acusados.
Após uma videoconferência com os chefes desta organização criminosa, a vítima e sua namorada foram sequestradas e levadas para um bote. No local, Sândalo foi torturado até a morte e decapitado, enquanto a adolescente foi mantida em cativeiro e violentada - o processo do crime de estupro contra a adolescente tramita em segredo de justiça, em uma Vara Criminal da capital.
Toda a ação foi filmada pelos próprios executores do rapaz. Segundo as investigações e depoimentos colhidos na fase de instrução e em plenário durante o julgamento, Sândalo não tinha relação com o tráfico e foi morto no lugar de um irmão, que teria se desligado da facção criminosa dos acusados.
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