Influencer que atropelou personal trainer será julgada por homicídio culposo em Manaus
Manaus/AM - A empresária Rosa Ibere Tavares Dantas será julgada pela Justiça do Amazonas por sua suposta responsabilidade no acidente de trânsito que resultou na morte do personal trainer Talis Roque da Silva, de 32 anos. O caso, que segue em trâmite tanto na esfera criminal quanto cível, teve novos desdobramentos após decisão do juiz Áldrin Henrique de Castro Rodrigues, da 10ª Vara Criminal de Manaus, que rejeitou o pedido da defesa para arquivar a ação penal, permitindo a continuidade do processo.
O acidente ocorreu no dia 31 de agosto de 2023, na esquina das ruas Pará e Itannana, no bairro Nossa Senhora das Graças (Vieiralves), na zona Centro-Sul de Manaus. De acordo com os autos, Rosa Ibere, que dirigia um Volkswagen Taos, teria cruzado a via preferencial de forma imprudente, colidindo com a motocicleta pilotada pela vítima, que não resistiu aos ferimentos e faleceu poucas horas depois. O Ministério Público do Estado do Amazonas denunciou a empresária por homicídio culposo na direção de veículo automotor, baseando-se no artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro.
A defesa de Rosa Ibere tentou encerrar o processo sem julgamento, mas o juiz entendeu que as alegações da acusada devem ser analisadas mais profundamente em audiência de instrução e julgamento. Além disso, a solicitação de sigilo processual foi negada, mantendo o caráter público da ação. Outro ponto polêmico no caso foi a situação do passaporte da ré, que, após viajar para Paris em maio de 2024, foi notificada pela Justiça a entregar o documento em até cinco dias, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
Além da ação penal, também tramita uma ação indenizatória cível proposta pela Defensoria Pública do Estado do Amazonas, em nome dos pais de Talis Roque. A família pede R$ 700 mil por danos morais e pensão mensal de 1/3 do salário mínimo até 2057, quando a vítima completaria 65 anos. Os pais alegam que a morte de Talis, que contribuía financeiramente para o sustento da família, causou danos emocionais e materiais irreparáveis, sendo que a mãe está em tratamento psicológico desde o ocorrido.
Fonte: Amazonas Direito
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