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Exploração de madeira na Amazônia está concentrada em 2% das espécies, aponta estudo

Por Portal Do Holanda

18/08/2022 16h32 — em
Amazonas


Exploração de madeira - Foto: Divulgação Imaflora

Apesar de o Brasil ter comercializado 998 tipos diferentes de madeira provenientes da Amazônia entre 2007 a 2020, a indústria madeireira no país está concentrada na exploração ao esgotamento de apenas 15 a 20 espécies, o equivalente a 2%. 

A lista das madeiras está na mais recente edição do “Boletim Timberflow, estudo sobre a cadeia da madeira no Brasil, produzido pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e divulgado há poucos dias.

As espécies como Maçarandura, com uma média de 860 mil metros cúbicos em toras produzidas anualmente, é mais explorada da Amazônia brasileira, seguida pelo Cedrinho, Cupiúba, Angelim-vermelho, Jatobá, Cambará, Garapeira, Itaúba, Cumaru, Cambará, Ipê roxo, Mandioqueiro, Angelim pedra, Paricá, Muiracatiara, Angelim, Cedrorana, Jequitibá e Marupá.

Dentre as mais buscadas, se destacam a Maçaranduba – que lidera o ranking e corresponde sozinha a quase 8% de toda a produção – o Jatobá, o Ipê Roxo, o Cumaru e o Jequitibá. 

A lista das madeiras está na mais recente edição do “Boletim Timberflow, estudo sobre a cadeia da madeira no 
Brasil, produzido pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e divulgado há poucos dias.

O estudo mostra que, mesmo com sua notável relevância no mercado da madeira, a Maçaranduba é uma espécie que tem sido apontada em estudos com graves problemas em sua correta identificação botânica, o que constitui um risco para a manutenção de estoques futuros desta espécie nas florestas de produção.

Pelo levantamento do Imaflora, no período analisado, cerca de 154 milhões de metros cúbicos de madeira saíram da Amazônia para abastecer o mercado.

E desse total, 52% (cerca de 80 milhões de metros cúbicos) era desta lista restrita de 20 espécies, sendo que algumas delas são consideradas vulneráveis.

O boletim foi feito a partir da análise do Documento de Origem Florestal (DOF) e do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor) nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima.

Para os especialistas, esse perfil de consumo – busca indiscriminada por determinadas espécies arbóreas até quase serem extintas – tem se repetido historicamente e representa uma fragilidade estratégica da indústria madeireira na Amazônia.

De acordo com o instituto, a exploração de um número reduzido de espécies madeireiras se dá não somente pela oferta limitada do mercado, mas também por desconhecimento do consumidor sobre alternativas possíveis.


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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

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