Irmã diz que encontrou psicólogo seminu e acredita em crime por homofobia
Manaus/AM- Catarine Silva, irmã do psicólogo e professor Manoel Guedes Brandão Neto, 40, revelou que encontrou o irmão seminu, com as calças abaixadas e as partes íntimas expostas na cena do crime, na Av. Lourenço Braga, no Centro, na manhã de hoje (21).
"Eu estava na frente da minha casa, esperando uma amiga minha para me levar na delegacia e nessa hora passou um morador de rua. Eu perguntei dele se ele andava pelas redondezas e ele disse que sim e eu perguntei: 'Você conhece esse rapaz?' Eu mostrei a foto do meu irmão e ele falou: 'Vi, ele está ali perto da penitenciária e está morto'. Eu fui ver o corpo, não tinha nada em cima dele, ele estava exposto, com a calça no meio das pernas, com a parte de trás exposta e deitado. Eu não acreditei que era ele, mas era", disse bastante emocionada.
A família desconfia que Manoel pode ter sido vítima de homofobia pelo estado em que o corpo foi achado. "A gente sabe que a homofobia existe, meu irmão era gay, a gente sabe que as pessoas tem muito preconceito com isso. Não é porque ele era gay que tinha que matar, destruir a vida dele, eu quero justiça porque ele não merecia isso".
Peritos realizaram a análise do corpo ainda no local e encontraram marcas de esganadura em Manoel, que pareciam ter sido causadas por um golpe de mata-leão, mas apenas uma necropsia vai poder confirmar. O exame também deve indicar que se o psicólogo sofreu violência sexual ou não.
A família está desolada com a morte da vítima e pede que a polícia encontre e prenda o culpado pelo crime. Manoel era psicólogo, professor universitário, estudante de Farmácia e estava no último ano do curso. Ele estava cheio de projetos, mas foi assassinado de forma brutal a alguns metros da casa onde morava com a família.
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