Ciúmes de amiga motivou tentativa de homicídio contra jovem em adega no Novo Aleixo

Manaus/AM - A polícia deu detalhes da briga em uma adega, no Novo Aleixo, que terminou com a jovem Samara Borges de Melo, 18, em coma após ser vítima de uma sessão de espancamento. As suspeitas Karolainy Renata Vaz Oliveira, de 22 anos, Letícia Laiane Vaz Oliveira, 20, e Thaisa de Matos Reis, foram presas nessa quarta-feira (11) e estão respondendo por tentativa de homicídio.
Conforme o delegado Osman Nasser, a confusão foi motivada por ciúmes entre amigas. "A Thaisa, ela era amiga das vítimas, morava junto com ela e posteriormente saiu da casa dela e foi morar com as autoras e então passaram a ter uma espécie de ciúme de amizade. E partir daí, começaram os xingamentos", diz o delegado.
O grupo já tinha se encontrado e trocado farpas outras vezes, mas no dia da confusão, Samara e a irmã, Maiara Borges de Melo, 21, foram a adega para se divertir, mas não esperavam encontrar as ex-amigas.
"Samara estava lá com sua irmã, quando viu as ex-amigas. Karolainy proferiu um xingamento para Samara, que retrucou o xingamento e então a irmã de Karolainy, a Letícia, desferiu um soco na cara da Samara. E a partir daí começou as agressões mútuas. A Thaisa, também autora da tentativa de homicídio, puxou uma garrafa e tentou acertar a cabeça de Samara, mas foi impedida por terceiros", diz o delegado.
Enquanto as mulheres trocaram agressões, os demais clientes filmavam tudo e jogavam bebidas nelas. O delegado conta que enquanto era espancada, Samara chegou a ter uma convulsão, mesmo assim, as agressoras continuaram batendo nela e afirmaram que iam matá-la.
"Durante a a violência, a Samara chegou a desmaiar e mesmo assim as autoras continuaram desferindo golpes e golpes na cabeça da vítima e elas falavam: "Eu vou te matar, eu vou te matar. Durante as agressões a vítima chegou a convulsionar, ocasião em que terceiros intervieram e separaram a briga e levaram ela para o hospital. Hoje Samara encontra-se respirando por aparelhos em coma e sem previsão de alta".
As suspeitas foram presas e estão colaborando com a polícia." Atualmente elas estão presas, estão a disposição da justiça e podem pegar até de 12 a 20 anos de cadeia. Após o fato a uma das autoras a que era online ainda procurou as redes sociais para lançar um vídeo ratificando a sua intenção de matar a vítima, quando ela proferiu dizendo: "Ela tem sorte de que ela está em coma, porque eu queria mesmo era matá-la".
Contudo, o delegado chama a atenção também para a situação do local onde tudo aconteceu. De acordo com ele, a adega já tinha sido fechada por uma série de irregularidades, mas reabriu dias antes de ser palco da tentativa de homicídio.
" A gente tinha realizado uma operação na sexta-feira, já, nessa adega, especificamente, a Adega do Cego. Não foi só nela, foi na cidade toda, mas especificamente essa, foi constatada essa irregularidade que o doutor falou e ela já tinha sido fechada sexta-feira. No sábado, entre na madrugada para domingo, ocorreu esse fato e ela reabriu".
O delegado Guilherme Torres afirma que estabelecimentos como esses são constantemente usados como pontos de vendas de drogas e outros crimes. "As adegas, esses locais tem sido utilizado como ponto de venda de droga e de tudo que não presta (...) Então, a gente pede a ajuda da população para denunciar essa questão das adegas, os locais, porque nós temos feito CIES também e junto com a Secretaria de Segurança para que a gente possa combater esse essa nova modalidade de crime que eles estão utilizando esses locais como antro para cometer vários tipos de crimes, inclusive tráfico de drogas".
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